29.6.04

Top 5 para começar mal o dia

Para complementar o "Top 5 para começar bem o dia", aqui ficam cinco outras sugestões para quem queira acordar e ficar logo com os cabelos em pé.

1 - I Want to Break Free - Queen
2 - The Final Countdown - Europe
3 - I Just Called to Say I Love You - Stevie Wonder
4 - Still Loving You - Scorpions
5 - La Isla Bonita - Madonna

Top 5 para começar bem o dia

Para começar bem o dia, a tarde, o princípio da noite, as férias, enfim, um top com múltiplas aplicações:

1 - Maybe - The Wonder Stuff
2 - Make Me Smile - Steve Harley
3 - Ob-la-di, Ob-la-da - Beatles
4 - Ciao Mamma - Jovanotti
5 - Don't Go - Hothouse Flowers

25.6.04

"Buzz", de Ben Alison

"Buzz" é o título do quarto álbum de Ben Alison com a sua banda, Medicine Wheel. O novo disco surge após uma experiência bem sucedida de fusão entre o jazz e os sons de origem africana, através de "Peace Pipe", gravação em que, além dos contributos de alguns dos companheiros habituais deste contrabaixista norte-americano, se destacou a participação de Mamadou Diabate, executante de kora.
Com o novo registo, Ben Alison retoma o percurso que o transformou num dos músicos mais importantes de uma nova geração do jazz. Além de Michael Blake (sax tenor e soprano), Ted Nash (flauta e sax tenor), Frank Kimbrough (piano, wurlitzer e piano preparado) e de Michael Sarin (bateria), a banda que interpreta os sete temas de "Buzz" integra ainda o trombonista Clark Gayton.
Embora três das faixas deste CD não sejam da autoria de Ben Alison, um dos pontos fortes da gravação está no facto de confirmar os talentos do líder da banda enquanto compositor. "Respiration", "Green Al" e "R&B Fantasy", os três originais do contrabaixista que são incluídos em "Buzz", testemunham a sua habilidade para construir temas que vagueiam entre as tendências vanguardistas e terrenos mais acessíveis, tendo como resultado uma mistura sedutora.
Frank Kimbrough é uma das figuras em destaque neste registo, o que pode ser testemunhado através da audição do seu solo de piano em "Respiration". Mas também Ted Nash na flauta, em "Mautitania" - um belo tema de Michael Blake - evidencia os seus dotes como instrumentista versátil. Andrew Hill é um dos músicos homenageados por Ben Alison e a Medicine Wheel, com uma versão de um tema da sua autoria, "Erato". E, para encerrar, o contrabaixista decidiu fazer um tributo a John Lennon, por meio de uma interpretação bastante contida do melancólico "Across the Universe".
Em suma, "Buzz" é um álbum a merecer uma audição, sobretudo se houver a possibilidade de o desfrutar a partir de um dos vértices do triângulo equilátero formado pelo ouvinte e pelas duas colunas do sistema de som. Afinal de contas, é esta a forma que o próprio Ben Alison considera ser a ideal para tirar o máximo partido da música.

23.6.04

A questão do "White Album"

Com o seu peculiar sentido de humor, Ringo Starr afirma, no documentário "Anthology" sobre a história dos Beatles, que em vez de um álbum duplo, a banda deveria ter editado dois discos: o "White Album" e o "Whiter Album". Para milhares de fãs dos Beatles, a obra lançada em 1968 é o melhor registo de sempre do grupo. Não é essa a opinião do produtor, George Martin. E também George Harrison e Paul McCartney têm dúvidas sobre a matéria.
O facto é que os "Fab Four" tinham, na altura da gravação, uma tal quantidade de canções novas que acabaram por optar pela edição de um álbum duplo. A favor do "White Album" está a circunstância de incluir 30 temas, entre os quais se podem encontrar clássicos como "Back in the USSR", "Blackbird", "Revolution", "While My Guitar Gently Weeps" e muitas outras pérolas que não costumam aparecer nas colectâneas mas que testemunham a banda no pico das suas capacidades. São os casos de "Mother Nature's Son", "Dear Prudence", "I Will", "Julia" ou "Everybody's Got Something to Hide Except me and my Monkey".
Que é um excelente álbum ninguém deve ter dúvidas. Mas a produção surge mais tosca do que aquilo que sucede noutras gravações como "Sgt Pepper's", "Abbey Road" ou nos discos gémeos "Rubber Soul" e "Revolver". Por alguma razão, por exemplo, a versão de "Revolution" que foi posteriormente editada como lado B do single "Hey Jude" passou a constituir a versão definitiva abafando por completo aquela que surge no "White Album".
A polémica há-de prolongar-se eternamente e, sobretudo, trata-se apenas de uma fonte de entretenimento para os fanáticos da banda de Liverpool. Estes sabem, melhor do que ninguém, que, perante a elevada qualidade de cada um dos trabalhos dos Beatles, o mais difícil é conseguir afirmar, sem margem para dúvidas, qual é o seu melhor álbum.

21.6.04

Welcome to Sunny Florida

Nos tempos que correm, lançar um CD pode já não chegar para atrair os compradores. Dado o insucesso das técnicas anti-pirataria perante a habilidade de quem se dedica a quebrá-las, há que melhorar a oferta ou baixar os preços, como tem sucedido nalguns mercados em que não se inclui, infelizmente, o português.
O novo álbum de Tori Amos é uma tentativa de responder a estes novos tempos em que a massificação da tecnologia é uma fonte de dores de cabeça para as editoras discográficas. Ao adquirir "Welcome to Sunny Florida" os fãs daquela pianista e compositora norte-americana ficarão na posse de um CD com seis novos temas, assim como de um DVD que documenta a derradeira actuação ao vivo da cantora na digressão que efectuou em 2003 com o objectivo de promover aquele que era, na altura, o seu mais recente álbum.
As seis novas canções não vão desiludir quem acompanhe a carreira de Tori Amos desde a edição de "Little Earthquakes". A melodia e o intimismo que costumam caracterizar os seus trabalhos estão presentes nestas novas faixas que, afinal, não são mais do que um conjunto de temas que acabou por ser excluído de "Scarlet's Walk" e a que foi dado o título "Scarlet's Hidden Treasures".
O DVD, cujo título se inspira na chuva torrencial que se abateu no local do concerto, escondendo o sol que constitui uma imagem de marca da Florida, mostra Tori Amos em actuação acompanhada apenas pelas suas teclas, um baterista e um baixista. "A Sorta Fairy Tale", "Crucify" e "Cornflake Girl" são três dos momentos altos, a que se acrescentam "Take to the Sky", "Amber Waves" e "Jupiter". A versátil voz de Tori Amos percorre as diversas canções sobre um suporte instrumental competente e sólido, a que não é estranha a feliz parceria entre o baixo de Jon Evans e a bateria de Matt Chamberlain. Entre os extras há uma conversa em que Tori Amos fala da sua carreira e de como, em plenos anos 90, conseguiu evitar que os produtores dos seus discos a forçassem a trocar o piano pelas guitarras eléctricas, mais adequadas às tendências da época. Um documento que os apreciadores de Amos não devem dispensar.

Top cinco para um fim de tarde

O final da tarde é o período do dia que dá a oportunidade para relaxar do "stress". Nada melhor do que descansar num sofá confortável e escutar música que ajude a abstrair dos problemas. Aqui fica um "top cinco" de algumas das melhores canções para esta hora de descompressão:

1 - Magnolia - JJ Cale
2 - Bad - U2
3 - The Carpet Crawl - Genesis (com Peter Gabriel)
4 - La Folie - The Stranglers
5 - The Long and Winding Road - The Beatles